Estudos científicos indicam que o uso de estatinas, incluindo a sinvastatina, está associado a um aumento no risco de desenvolver diabetes tipo 2. Aqui estão alguns detalhes baseados em estudos relevantes:
- Meta-Análise de Ensaios Clínicos: Uma meta-análise publicada na “Diabetes Care” mostrou que o uso de estatinas está associado a um aumento modesto no risco de diabetes de início recente. A análise de cinco ensaios de testes de hipóteses relatou um risco relativo (RR) de 1,13, o que significa um aumento de 13% no risco em comparação com aqueles que não usam estatinas (Diabetes Journals).
- Mecanismos Subjacentes: Pesquisa publicada no “International Journal of Molecular Sciences” destacou que as estatinas podem prejudicar a sensibilidade à insulina e a secreção por células β pancreáticas, além de aumentar a resistência à insulina nos tecidos periféricos. Os mecanismos incluem comprometimento da sinalização de Ca2+, regulação negativa do GLUT-4 em adipócitos e comprometimento da sinalização da insulina. Fatores epigenéticos, como mudanças na expressão de microRNAs, também contribuem para esse aumento no risco (MDPI).
- Variações no Risco por Tipo de Estatina: O “Cleveland Clinic Journal of Medicine” relatou que o risco de diabetes varia entre diferentes estatinas. Por exemplo, doses mais altas e estatinas de alta intensidade, como rosuvastatina e atorvastatina, estão associadas a um maior risco de diabetes em comparação com estatinas de menor intensidade, como lovastatina e fluvastatina (CCJM).
Esses achados sugerem que, embora as estatinas sejam eficazes na redução do colesterol e na prevenção de eventos cardiovasculares, seu impacto potencial no risco de diabetes deve ser considerado. É recomendável monitorar os níveis de glicose no sangue em pacientes que fazem uso prolongado de estatinas para gerenciar e mitigar esse risco.